Quem tem Hipertensão pode frequentar academia? Cuidados e benefícios

Por muito tempo existiu a certeza de que a pessoa com pressão alta, ou hipertensão, não deveria nunca frequentar uma academia, pois isso trazia riscos à saúde. Então, antigamente a crença popular era de que a academia seria proibida a todos com diagnóstico de hipertensão. Porém, com avanço nos estudos sobre o tema, hoje se sabe que exercícios podem ser realizados com segurança por hipertensos. Mas é preciso tomar alguns cuidados e fazendo ajustes nos treinos. Isso inclui alguns alertas muito claros. Por exemplo, pacientes que estão com a pressão descontrolada, seja por qual motivo for, não devem praticar atividades de musculação até estarem novamente sob controle.

Exercícios físicos trazem queda da pressão arterial

Já é comprovado que se exercitar, praticando uma atividade física regular, traz benefícios para quem convive com a hipertensão e pode ajudar a controlar a doença. De acordo com o cardiologista Marcus Gaz, hipertensos podem fazer atividade física, como esteira na academia ou corrida. Fazendo exercícios com regularidade, é possível haver uma queda da pressão arterial em torno de 5% a 10%. Por conta desse ganho, exercícios trazem benefícios para controlar a pressão alta. Isso também evita complicações graves como o infarto, o dano aos rins ou um derrame.

Atividades aeróbicas

Caminhadas e corridas realizadas na esteira da academia são atividades aeróbicas, que são aquelas atividades mais recomendadas para quem possui hipertensão. Como exemplos dessas atividades aeróbicas, que trazem benefícios para as pessoas com pressão alta, temos a bicicleta, o remo, a corrida, a ginástica e a dança. Atividades aeróbicas são mais recomendadas para os hipertensos do que as atividades chamadas anaeróbicas, que incluem a musculação.

Avaliação médica antes da academia

Os cuidados necessários antes de frequentar a academia precisam incluir uma avaliação médica. “Fazer exercícios físicos diminui o percentual de gordura corpórea, auxilia nos níveis de colesterol e glicemia, fortalece a estrutura óssea e muscular e melhora a condição cardiovascular do indivíduo. Recomenda-se que todo paciente hipertenso que vai iniciar um programa de atividade física passe por uma avaliação médica antes”, explica o cardiologista e especialista em hipertensão do HCor (Hospital do Coração), Dr. Celso Amodeo.

Portanto, antes de começar a frequentar uma academia a pessoa que possui hipertensão deve conversar com seu médico e descobrir quais os cuidados recomendados para praticar exercícios. Será feita uma avaliação cardiológica que vai medir o nível de esforço que o paciente de hipertensão pode fazer com segurança. Essa avaliação vai medir se é seguro, por exemplo, que a pessoa possa praticar esportes ou incluir algum tipo de musculação na rotina de treinos.

No longo prazo, a circulação melhora

Os benefícios dos exercícios podem ser sentidos rapidamente. No curto prazo, com acompanhamento e seguindo as recomendações necessárias, é possível ter um controle maior da pressão alta. Ao longo do tempo, a capacidade cardiovascular se amplia e a circulação do sangue passa a funcionar de maneira melhor, auxiliando no controle constante da hipertensão.

Então, o primeiro cuidado necessário é procurar um médico e compreender melhor qual o nível de esforço recomendado. Isso depende da situação de hipertensão no momento, para evitar maiores consequências e trazer o máximo de benefícios. Na academia, existem boas recomendações para quem possui hipertensão. Algumas recomendações: adotar uma carga moderada em cada intensidade, não indo sempre ao limite que o corpo aguenta; descansar por mais tempo entre atividades diferentes. É preciso prestar atenção ao nível do cansaço, que indica que a pressão pode estar subindo naquele momento. Preferir se manter com uma carga de exercícios moderada é a garantia de poder se exercitar com mais segurança. Não deixar o corpo chegar ao limite da exaustão evita que a atividade física, positiva para tratar a hipertensão, se tornando uma inimiga pelo excesso de exigência física.